eita! dessa eu tinha me esquecido.
boa!
Em 07/06/2013 14:22, Jorge Amaral escreveu:
> Que tens, caralho, que pesar te oprime
> que assim te vejo murcho e cabisbaixo
> sumido entre essa basta pentelheira,
> mole, caindo pela perna abaixo?
> Nessa postura merencória e triste
> para trás tanto vergas o focinho,
> que eu cuido vais beijar, lá no traseiro,
> teu sórdido vizinho!
>
>
> Que é feito desses tempos gloriosos
> em que erguias as guelras inflamadas,
> na barriga me dando de contínuo
> tremendas cabeçadas?
> Qual hidra furiosa, o colo alçando,
> co'a sanguinosa crista açoita os mares,
> e sustos derramando
> por terras e por mares,
> aqui e além atira mortais botes,
> dando co'a cauda horríveis piparotes,
> assim tu, ó caralho,
> erguendo o teu vermelho cabeçalho,
> faminto e arquejante,
> dando em vão rabanadas pelo espaço,
> pedias um cabaço!
>
>
> Um cabaço! Que era este o único esforço,
> única empresa digna de teus brios;
> porque surradas conas e punhetas
> são ilusões, são petas,
> só dignas de caralhos doentios.
> Quem extinguiu-te assim o entusiasmo?
> Quem sepultou-te nesse vil marasmo?
> Acaso pra teu tormento,
> indefluxou-te algum esquentamento?
> Ou em pívias estéreis te cansaste,
> ficando reduzido a inútil traste?
> Porventura do tempo a dextra irada
> quebrou-te as forças, envergou-te o colo,
> e assim deixou-te pálido e pendente,
> olhando para o solo,
> bem como inútil lâmpada apagada
> entre duas colunas pendurada?
>
>
> Caralho sem tensão é fruta chocha,
> sem gosto nem cherume,
> lingüiça com bolor, banana podre,
> é lampião sem lume
> teta que não dá leite,
> balão sem gás, candeia sem azeite.
> Porém não é tempo ainda
> de esmorecer,
> pois que teu mal ainda pode
> alívio ter.
>
>
> Sus, ó caralho meu, não desanimes,
> que ainda novos combates e vitórias
> e mil brilhantes glórias
> a ti reserva o fornicante Marte,
> que tudo vencer pode co'engenho e arte.
> Eis um santo elixir miraculoso
> que vem de longes terras,
> transpondo montes, serras,
> e a mim chegou por modo misterioso.
>
>
> Um pajé sem tesão, um nigromante
> das matas de Goiás,
> sentindo-se incapaz
> de bem cumprir a lei do matrimônio,
> foi ter com o demônio,
> a lhe pedir conselho
> para dar-lhe vigor ao aparelho,
> que já de encarquilhado,
> de velho e de cansado,
> quase se lhe sumia entre o pentelho.
> À meia-noite, à luz da lua nova,
> co'os manitós falando em uma cova,
> compôs esta triaga
> de plantas cabalísticas colhidas,
> por sua próprias mãos às escondidas.
>
> Esse velho pajé de pica mole,
> com uma gota desse feitiço,
> sentiu de novo renascer os brios
> de seu velho chouriço!
> E ao som das inúbias,
> ao som do boré,
> na taba ou na brenha,
> deitado ou de pé,
> no macho ou na fêmea
> de noite ou de dia,
>
> o velho pajé!
>
>
> Se acaso ecoando
> na mata sombria,
> medonho se ouvia
> o som do boré
> dizendo: "Guerreiros,
> ó vinde ligeiros,
> que à guerra vos chama
>
> - assim respondia
> o velho pajé,
> brandindo o caralho,
> batendo co'o pé:
> - Mas neste trabalho,
> dizei, minha gente,
> quem é mais valente,
> mais forte quem é?
> Quem vibra o marzapo
> com mais valentia?
> Quem conas enfia
> com tanta destreza?
> Quem fura cabaços
> com mais gentileza?"
> E ao som das inúbias,
> ao som do boré,
> na taba ou na brenha,
> deitado ou de pé,
> no macho ou na fêmea,
> fodia o pajé.
>
>
> Se a inúbia soando
> por vales e outeiros,
> à deusa sagrada
> chamava os guerreiros,
> de noite ou de dia,
> ninguém jamais via
> o velho pajé,
> que sempre fodia
> na taba na brenha,
> no macho ou na fêmea,
> deitando ou de pé,
> e o duro marzapo,
> que sempre fodia,
> qual rijo tacape
> a nada cedia!
>
> Vassoura terrível
> dos cus indianos,
> por anos e anos,
> fodendo passou,
> levando de rojo
> donzelas e putas,
> no seio das grutas
> fodendo acabou!
> E com sua morte
> milhares de gretas
> fazendo punhetas
> saudosas deixou...
>
> Feliz caralho meu, exulta, exulta!
> Tu que aos conos fizeste guerra viva,
> e nas guerras de amor criaste calos,
> eleva a fronte altiva;
> em triunfo sacode hoje os badalos;
> alimpa esse bolor, lava essa cara,
> que a Deusa dos amores,
> já pródiga em favores
> hoje novos triunfos te prepara,
> graças ao santo elixir
> que herdei do pajé bandalho,
> vai hoje ficar em pé
> o meu cansado caralho! Vinde, ó putas e
> donzelas,
> vinde abrir as vossas pernas
> ao meu tremendo marzapo,
> que a todas, feias ou belas,
> com caralhadas eternas
> porei as cricas em trapo...
> Graças ao santo elixir
> que herdei do pajé bandalho,
> vai hoje ficar em pé
> o meu cansado caralho! Sus, caralho! Este
> elixir
> ao combate hoje tem chama
> e de novo ardor te inflama
> para as campanhas do amor!
> Não mais ficará à-toa,
> nesta indolência tamanha,
> criando teias de aranha,
> cobrindo-te de bolor...
> Este elixir milagroso,
> o maior mimo na terra,
> em uma só gota encerra
> quinze dias de tesão...
> Do macróbio centenário
> ao esquecido mazarpo,
> que já mole como um trapo,
> nas pernas balança em vão,
> dá tal força e valentia
> que só com uma estocada
> põe a porta escancarada
> do mais rebelde cabaço,
> e pode em cento de fêmeas
> foder de fio a pavio,
> sem nunca sentir cansaço...
>
>
> Eu te adoro, água divina,
> santo elixir da tesão,
> eu te dou meu coração,
> eu te entrego a minha porra!
> Faze que ela, sempre tesa,
> e em tesão sempre crescendo,
> sem cessar viva fodendo,
> até que fodendo morra!
> Sim, faze que este caralho,
> por tua santa influência,
> a todos vença em potência,
> e, com gloriosos abonos,
> seja logo proclamado,
> vencedor de cem mil conos...
> E seja em todas as rodas,
> d'hoje em diante respeitado
> como herói de cem mil fodas,
> por seus heróicos trabalhos,
> eleito rei dos caralhos!
>
boa!
Em 07/06/2013 14:22, Jorge Amaral escreveu:
> Que tens, caralho, que pesar te oprime
> que assim te vejo murcho e cabisbaixo
> sumido entre essa basta pentelheira,
> mole, caindo pela perna abaixo?
> Nessa postura merencória e triste
> para trás tanto vergas o focinho,
> que eu cuido vais beijar, lá no traseiro,
> teu sórdido vizinho!
>
>
> Que é feito desses tempos gloriosos
> em que erguias as guelras inflamadas,
> na barriga me dando de contínuo
> tremendas cabeçadas?
> Qual hidra furiosa, o colo alçando,
> co'a sanguinosa crista açoita os mares,
> e sustos derramando
> por terras e por mares,
> aqui e além atira mortais botes,
> dando co'a cauda horríveis piparotes,
> assim tu, ó caralho,
> erguendo o teu vermelho cabeçalho,
> faminto e arquejante,
> dando em vão rabanadas pelo espaço,
> pedias um cabaço!
>
>
> Um cabaço! Que era este o único esforço,
> única empresa digna de teus brios;
> porque surradas conas e punhetas
> são ilusões, são petas,
> só dignas de caralhos doentios.
> Quem extinguiu-te assim o entusiasmo?
> Quem sepultou-te nesse vil marasmo?
> Acaso pra teu tormento,
> indefluxou-te algum esquentamento?
> Ou em pívias estéreis te cansaste,
> ficando reduzido a inútil traste?
> Porventura do tempo a dextra irada
> quebrou-te as forças, envergou-te o colo,
> e assim deixou-te pálido e pendente,
> olhando para o solo,
> bem como inútil lâmpada apagada
> entre duas colunas pendurada?
>
>
> Caralho sem tensão é fruta chocha,
> sem gosto nem cherume,
> lingüiça com bolor, banana podre,
> é lampião sem lume
> teta que não dá leite,
> balão sem gás, candeia sem azeite.
> Porém não é tempo ainda
> de esmorecer,
> pois que teu mal ainda pode
> alívio ter.
>
>
> Sus, ó caralho meu, não desanimes,
> que ainda novos combates e vitórias
> e mil brilhantes glórias
> a ti reserva o fornicante Marte,
> que tudo vencer pode co'engenho e arte.
> Eis um santo elixir miraculoso
> que vem de longes terras,
> transpondo montes, serras,
> e a mim chegou por modo misterioso.
>
>
> Um pajé sem tesão, um nigromante
> das matas de Goiás,
> sentindo-se incapaz
> de bem cumprir a lei do matrimônio,
> foi ter com o demônio,
> a lhe pedir conselho
> para dar-lhe vigor ao aparelho,
> que já de encarquilhado,
> de velho e de cansado,
> quase se lhe sumia entre o pentelho.
> À meia-noite, à luz da lua nova,
> co'os manitós falando em uma cova,
> compôs esta triaga
> de plantas cabalísticas colhidas,
> por sua próprias mãos às escondidas.
>
> Esse velho pajé de pica mole,
> com uma gota desse feitiço,
> sentiu de novo renascer os brios
> de seu velho chouriço!
> E ao som das inúbias,
> ao som do boré,
> na taba ou na brenha,
> deitado ou de pé,
> no macho ou na fêmea
> de noite ou de dia,
>
> o velho pajé!
>
>
> Se acaso ecoando
> na mata sombria,
> medonho se ouvia
> o som do boré
> dizendo: "Guerreiros,
> ó vinde ligeiros,
> que à guerra vos chama
>
> - assim respondia
> o velho pajé,
> brandindo o caralho,
> batendo co'o pé:
> - Mas neste trabalho,
> dizei, minha gente,
> quem é mais valente,
> mais forte quem é?
> Quem vibra o marzapo
> com mais valentia?
> Quem conas enfia
> com tanta destreza?
> Quem fura cabaços
> com mais gentileza?"
> E ao som das inúbias,
> ao som do boré,
> na taba ou na brenha,
> deitado ou de pé,
> no macho ou na fêmea,
> fodia o pajé.
>
>
> Se a inúbia soando
> por vales e outeiros,
> à deusa sagrada
> chamava os guerreiros,
> de noite ou de dia,
> ninguém jamais via
> o velho pajé,
> que sempre fodia
> na taba na brenha,
> no macho ou na fêmea,
> deitando ou de pé,
> e o duro marzapo,
> que sempre fodia,
> qual rijo tacape
> a nada cedia!
>
> Vassoura terrível
> dos cus indianos,
> por anos e anos,
> fodendo passou,
> levando de rojo
> donzelas e putas,
> no seio das grutas
> fodendo acabou!
> E com sua morte
> milhares de gretas
> fazendo punhetas
> saudosas deixou...
>
> Feliz caralho meu, exulta, exulta!
> Tu que aos conos fizeste guerra viva,
> e nas guerras de amor criaste calos,
> eleva a fronte altiva;
> em triunfo sacode hoje os badalos;
> alimpa esse bolor, lava essa cara,
> que a Deusa dos amores,
> já pródiga em favores
> hoje novos triunfos te prepara,
> graças ao santo elixir
> que herdei do pajé bandalho,
> vai hoje ficar em pé
> o meu cansado caralho! Vinde, ó putas e
> donzelas,
> vinde abrir as vossas pernas
> ao meu tremendo marzapo,
> que a todas, feias ou belas,
> com caralhadas eternas
> porei as cricas em trapo...
> Graças ao santo elixir
> que herdei do pajé bandalho,
> vai hoje ficar em pé
> o meu cansado caralho! Sus, caralho! Este
> elixir
> ao combate hoje tem chama
> e de novo ardor te inflama
> para as campanhas do amor!
> Não mais ficará à-toa,
> nesta indolência tamanha,
> criando teias de aranha,
> cobrindo-te de bolor...
> Este elixir milagroso,
> o maior mimo na terra,
> em uma só gota encerra
> quinze dias de tesão...
> Do macróbio centenário
> ao esquecido mazarpo,
> que já mole como um trapo,
> nas pernas balança em vão,
> dá tal força e valentia
> que só com uma estocada
> põe a porta escancarada
> do mais rebelde cabaço,
> e pode em cento de fêmeas
> foder de fio a pavio,
> sem nunca sentir cansaço...
>
>
> Eu te adoro, água divina,
> santo elixir da tesão,
> eu te dou meu coração,
> eu te entrego a minha porra!
> Faze que ela, sempre tesa,
> e em tesão sempre crescendo,
> sem cessar viva fodendo,
> até que fodendo morra!
> Sim, faze que este caralho,
> por tua santa influência,
> a todos vença em potência,
> e, com gloriosos abonos,
> seja logo proclamado,
> vencedor de cem mil conos...
> E seja em todas as rodas,
> d'hoje em diante respeitado
> como herói de cem mil fodas,
> por seus heróicos trabalhos,
> eleito rei dos caralhos!
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obrigado.
nelson antunes
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