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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

é dando que se recebe

rio de janeiro
 
Rosiris Brito é Dominique, Anderson Oliveira é Pamela. Ambos (as) dividem o mesmo capô do
 
Corsa, na altura do Lido. Boquete a R$ 30, com "happy end" é R$ 50.
 
– E anal?
 
– Depende.
 
– Do quê?
 
– De quem come.
 
– Quem dá paga mais?
 
– Claro, meu bem. Pau duro é raridade.
 
Mais a frente, lá pelo Posto 5, quase 6, uma fila de prostitutas se forma na última curva da
 
praia de Copacabana. Território delas, que nasceram elas, e ali traveca não roda bolsinha,
 
não. "Cada um no seu quadrado, se as (sic) trava aparece aqui, dá merda e o cafetão
 
estronda", explica Raia. "Com ípsilon", ela reforça. Ah, ok. Raya.
 
– Quem cobra mais, vocês ou as travestis?
 
– Tem tabela, não, amoreco. O preço sai na hora, depende do carro, da cara do cara, da hora…
 
vida de puta é um escorrega.
 
– Não seria roda gigante?
 
– Não, bofão. É escorrega mesmo. A gente só se joga pra baixo.
 
Avenida Atlântica sitiada. Turismo sexual do pior calão, Fortaleza com Amsterdão. A orla e
 
as esquinas cheiram a trepada baratinha, trocado de bala, alemães e paraíbas (sem
 
preconceito, apenas força de expressão) disputam mulheres – de fato e de ato – no maior
 
campo minado da prostituição nos espaços públicos do Rio. Do mar à mesa do bar, do
 
inferninho ao cantinho escuro do beco que, não faz muito tempo assim, era frequentado por
 
Elis Regina e a turma da bossa. Copacabana não engana mais, é porra e fritura do anoitecer
 
ao último cliente. Quem não tá ciente? Prefeitura, polícia, milícia e ladrão, todo mundo
 
sabe e todo mundo (quase) finge que não vê. "De vez em quando eles vêm aqui e metem a
 
porrada na gente", diz Dominique, que pede, em troca da entrevista, um drink no Balcony, um
 
dos bares mais concorridos da pista, reduto do baixíssimo meretrício e ponto de encontro dos
 
gringos dispostos a pagar quase nada por um pouco de diversão.
 
– Vocês vêm sempre aqui?
 
– Só as travas que não têm cara de trava, senão a freguesia se assusta.
 
– Mas na hora agá eles não se assustam?
 
– Depende do tamanho! Ahahahahaahah
 
– Mas eles sabem que vocês são homens ou são pegos de surpresa?
 
– Não tem criança aqui, não, bofão.
 
– E menor de idade vendendo o corpinho, tem?
 
– Claro que tem. São as mais caras.
 
– E todo mundo sabe?
 
– Todo mundo sabe.
 
– E daqui vocês vão pra onde?
 
– Pra hotel quando é gringo. Quando o bofe é daqui, a gente faz no carro.
 
– E se o "bofe" estiver a pé e sem grana para o hotel?
 
– Aí vai atrás do carro, bem ali [Dominique aponta para o meio-fio, atrás de um Meriva
 
estacionado na esquina da Atlântica com a Prado Junior].
 
– O pessoal do Balcony parece saber que aqui é ponto de prostituição, né?
 
– Aqui não é ponto de prostituição, é um bar frequentado por puta. Mas ninguém faz nada
 
aqui, não.
 
– Ah, tá. Vocês vêm pelo chopinho gelado…
 
– A gente vem porque precisa pagar as contas, bofão.
 
– Além do Balcony, pra onde mais vocês vão?
 
– Todas as boates e botecos da Prado Junior.
 
– Vocês pagam entrada para as boates?
 
– Depende. Trava paga. Puta, não.
 
– E as putas dão o que em troca?
 
– Dão pra alguém! Ahahahahaah. Tem negócio ali, mas eu não sei de nada.
 
– Elas deixam uma porcentagem do valor do programa para a casa?
 
– Não sei. Tem também o cafetão, que negocia tudo, né?
 
– Mas lá dentro não rola nada?
 
– Rola, claro que rola. As cacura [no 'dialeto' das travestis, cacura é pessoa velha] quando
 
chegam até ganham um viagra de presente.
 
– Você faz desconto para idosos?
 
– Ahahahahahaha! Cacura paga meia. Meia bunda! Ahahahahahaah!
 
– Dominique mora aonde?
 
– Tá querendo saber demais, ô bofão!
 
– Foi mal.
 
– Ih, ó, e também não faço programa em casa, não. Quer saber por que?
 
– Curiosidade. Eu também não curto travesti.
 
– E puta, curte?
 
– Tá querendo saber demais, Dominique.
 
Nos despedimos com um beijinho (no rosto, por favor). Dominique partiu, deixando meio chopp
 
na tulipa. "É que não bebo em serviço".
 
Nem dorme. Enquanto conversávamos, Dominique flertava com um tipo germânico que trotava à
 
sua direita. Saíram juntos, os dois, viraram à esquerda e desapareceram entre as luzes da
 
Prado Junior.
 
E por falar em serviço, taí um mini roteiro de bares, boates e saunas para você explorar a
 
zona que é Copacabana e adjacências. Sem apologias e sem hipocrisias, vai quem quer.
 

Balcony: Avenida Atlântica, 1424.
Scotch Bar Night Club: Avenida Princesa Isabel, 7.
La Cicciolina: Avenida Princesa Isabel, 185 D.
Boite New Hi-Fi: Avenida Princesa Isabel, 263 A.
Erotika: Avenida Prado Júnior, 63.
Don Juan: Rua Duvivier, 37.
Boate Pussy Cat: Rua Belfort Roxo, 88.
Barbarella: Avenida Ministro Viveiros de Castro, 24.
Frank's Bar: Avenida Princesa Isabel, 185 B.
Solarium: Rua J.J. Seabra, 21 – Jardim Botânico.
Centaurus: Rua Canning, 44 – Ipanema.
Pegação na rua: Avenida Atlântica, Avenida Lucio Costa (orla da Barra da Tijuca), Praça
 
Mauá, estação de trem de Madureira, Central do Brasil, entornos da Rodoviária Novo Rio e da
 
Quinta da Boa Vista.
GAYS
 
Termas Leblon: Rua Barão da Torre, 522 – Ipanema.
Rio G Spa: Rua Teixeira de Melo, 16 – Ipanema.
Pegação na rua: Aterro do Flamengo, Cine Iris, banheiros do Mc Donald's da 7 de setembro e
 
do Terminal Menezes Cortes, Pedras do Arpoador e Via Apia.
 
 
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